SEJA LIVRE, JESUS TE LIBERTOU

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Mario Persona

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Dons Espirituais

O vocábulo grego ekklesia, de onde vem a idéia de igreja, significa, basicamente, “os chamados para fora”, dando a entender um grupo distinto, selecionado e tirado para fora de algo, ou de algum lugar.         
  
1) A IGREJA 
            A IGREJA, portanto, pode ser definida como:
O conjunto de todos aqueles que atenderam de forma positiva o chamado de Deus para participar do Reino dos Céus, inaugurado na pessoa de Jesus Cristo.
Desta maneira, vivendo espiritualmente fora do mundo físico, embora tenha por atribuição levar a todo este mundo as boas novas da salvação em Cristo.
Este conjunto de pessoas, a qual chamamos de igreja, tem em comum a verdadeira fé em Jesus Cristo, filho de Deus, que amou o mundo de tal maneira, que entregou este Seu único filho para morrer pelos pecados de toda a humanidade, permitindo salvação e vida eterna a todos que crêem.
A palavra igreja pode ser usada no sentido local, onde expressa o conjunto de pessoas que se reúne em uma localidade para, em comunhão e sob a orientação do Espírito Santo, desempenhar o seu ministério (ou serviço).
A palavra Igreja pode também ser usada no sentido universal, onde expressa o conjunto de todos os  crentes, de todos os lugares e de todas as épocas. 
Sobre o fundamento de que Cristo Jesus é o filho do Deus Vivo, este mesmo Cristo fundou e até hoje edifica a Sua igreja, conforme lemos em: 
Mateus 16:16-18,
- “Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. 
2) O ESPÍRITO SANTO E OS DONS ESPIRITUAIS 
Após Jesus ter cumprido cabalmente aquilo que o Pai determinou, retornou aos Céus, deixou uma promessa que encontramos em: 
Atos 1.8,
- “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.
Este Espírito Santo da promessa é que tem dado poder para a igreja e tem capacitado os crentes através da concessão de Dons Espirituais, conforme lemos em: 
1 Coríntios 12.1 e 4,
- “Meus irmãos, quero que vocês saibam a verdade a respeito dos dons que o Espírito Santo dá.” ... “Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito quem dá esses dons”.
Cabe a nós, crentes fiéis em Jesus Cristo, buscar os dons para realizar o serviço da agência do Reino de Deus na terra, a igreja, com a única e suficiente finalidade de edificar esta mesma igreja – Corpo de Cristo, conforme: 
1 Co 14.12,
- “Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja.” 

2.1) RELAÇÃO DE DONS ESPIRITUAIS 

-         Administração ou Governo;
-         Apostolado;
-         Artesanato ou Habilidades Manuais;
-         Auxílio ou Serviço ou Ministério;
-         Conhecimento;
-         Comunicação Criativa ou Louvor;
-         Contribuição ou Liberalidade;
-         Cura;
-         Discernimento;
-         Encorajamento ou Consolo;
-         Mestre ou Ensino;
-         Evangelismo;
-         Fé;
-         Hospitalidade;
-         Intercessão;
-         Interpretação;
-         Liderança;
-         Línguas;
-         Misericórdia ou Compaixão;
-         Milagres;
-         Profecia;
-         Pastorado;
-         Sabedoria. 
Textos de Referência: 1 Co. 12.8-10,28; Rm. 12.6-8; Ef. 4.11; 1 Pe. 4.9-10; Ex. 31.3; 1 Tm. 2.1-2; Salmo 150.3-5.
Algumas igrejas alistariam outros possíveis dons, não considerados neste trabalho desta forma. Entre eles podemos incluir:
-         Celibato;
-         Aconselhamento;
-         Exorcismo;
-         Mártir;
-         Pobreza voluntária ou ascetismo;
-         Matrimônio.
3) O SERVIÇO 
3.1)- COMO DEVEMOS SERVIR? 
Tendo como alvo maior, tendo como meta prioritária, enfim, sempre tendo em mente e coração que todo ministério (serviço) somente pode ser executado por um servo (ministro) fiel, devemos buscar e utilizar os dons espirituais para: - “Glorificar a Deus e edificar as pessoas!” – Este é o maior teste de um ministério!  

3.2)- PERFIL DO SERVO 

            Um servo, no Reino de Deus, deve ter verdadeira Paixão por aquilo que quer fazer no Reino. Deve buscar e aprimorar os Dons Espirituais e finalmente, deve colocar o seu Estilo Pessoal de ser e de como realizar as coisas necessárias para Glorificar a Deus e edificar a igreja de Cristo. 
-         Sua Paixão (seu sonho maior, aquilo que lhe dá alegria) indica ONDE você servirá melhor.
-         Os Dons Espirituais indicam O QUE você fará quando estiver servindo.
-         E o seu Estilo Pessoal indicará O COMO você servirá. 
Obs:- Não existem Paixão, Dons ou Estilo certos ou errados. 
3.3)- DEFINIÇÕES: 
3.3.1)- PAIXÃO 
Salmo 100.2 – “Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cânticos.” – Paixão é isso! 
É o desejo dado por Deus que nos impele a fazer diferença num determinado ministério, sempre com alegria em realizar a tarefa que nos foi confiada.
Quando você tem paixão por uma determinada área de ministério, você estará mais entusiasmado e motivado para servir. Servindo na área da tua paixão, você estará mais apto a enfrentar os contratempos que sempre ocorrem, pois lidamos com pessoas, logo, sempre somos surpreendidos em alguma coisa, tanto para nossa alegria como para, em algumas vezes, nossa tristeza.
Existe uma maravilhosa promessa para aqueles que servem a Deus com paixão naquilo que fazem: - “Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra e vive tranqüilo. Alegra-te no Senhor, e Ele te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e o mais Ele fará.” – Salmo 37.3-5. 
3.3.2)- DONS ESPIRITUAIS 
1 Coríntios 12.7 e 11 – “A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso. (...) Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.” 
                        Os Dons Espirituais são capacitações divinas, concedidas àqueles que o temem e querem realmente servi-lo. Estes dons (capacitações) são distribuídos entre o povo de Deus pelo Santo Espírito, para serem usados para propósitos espirituais, visando uma contribuição relevante e significativa na obra da edificação da Igreja, que é o Corpo Espiritual de Cristo.
             Cada crente possui pelo menos um dom espiritual, logo, cada crente é um ministro (servo).
Deus nos concede estes dons ou capacitações, para melhor servirmos uns aos outros. Uma grande prova do uso correto dos Dons Espirituais é o resultado que redunde na glória de Deus e na edificação de outros, com isso proporcionando também a edificação daquele que serve. Quando verdadeiramente desejamos servir a Deus, Ele mesmo nos orienta para aquilo que de melhor podemos fazer para glorificá-lo, e deste modo também edificar a igreja. 
            1 Coríntios 14. 12 – “Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da igreja.” (...) “Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu lhes mostrarei um caminho sobremodo excelente.” 
3.3.3)- ESTILO PESSOAL 
Romanos 14.5 – “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente”. 
                        Deus nos fez semelhantes, mas não iguais. Deus nos fez, todos, Sua imagem e semelhança, mas cada um com a sua própria personalidade e livre arbítrio. Deus nos fez como uma raça, mas nos diferencia de tal modo que não existem duas pessoas exatamente iguais.
            Deus não nos designou para sermos todos iguais, a unidade não é alcançada por se ser parecido e sim quando temos o mesmo propósito, que é o de glorificar a Deus e edificar aos outros.
            Se o nosso estilo pessoal causa escândalo, pelas diferenças culturais, geográficas, políticas, etc... Devemos pedir a Deus que nos oriente em como servir melhor, nem que para isso tenhamos que adaptar os estilo pessoal à situação, sem com isso anular a nossa personalidade.
            Nunca deixemos de pedir que Deus efetue em nós o maior de todos os milagres – a transformação e a renovação da nossa mente e espírito para algo sempre mais próximo do ideal divino para as nossas próprias vidas. 
Filipenses 1.6 – “estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-lo até ao dia de Cristo Jesus.”
Porque:
“A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Mas um só e o mesmo Espírito opera estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Mas Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis”. – (1 Coríntios 12.7,11 e 18).  
3.4)- RESUMO 
Diferente
 
O Mesmo
 
 
 
Dom
Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
Espírito
Serviço
Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
Senhor
Realizações
Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Deus
 Filipenses 2.3 – “...porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”.

4)- O DOM DO ESPÍRITO SANTO 

            Em Atos 2:38 lemos: “Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de voz seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo”. 
            No dia de Pentecostes, a Igreja de Cristo, Corpo de Jesus, foi batizada pelo Seu Espírito Santo. Este é o dom que pertence a todos os que aceitam Jesus Cristo como Salvador e Senhor em todos os lugares e em todas as épocas do mundo. Cada crente e todos os crentes recebem o dom do Espírito Santo. 
            Naquele dia, esse Dom foi comunicado entre aquelas muitas nações ali representadas. Esse dom foi o batismo da Igreja no Espírito Santo. Paulo resume, de forma muito bela, a santa operação, nas palavras de 1 Coríntios 12.13: - “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nos foi dado beber de um só Espírito.” 

4.1)- MARCAS DA AÇÃO NATURAL DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DOS FIÉIS 

O Espírito Santo regenera os corações e os batiza, pois se torna hóspede do coração regenerado (e somente do coração regenerado!). 
Mas a atuação do Espírito Santo prossegue, através da doação e distribuição dos dons ou carismas. No estudo dos dons é que descobriremos que: 
1)- O Espírito Santo concede poder para o serviço, jamais para a exaltação pessoal; 
2)- O Espírito Santo concede poder para o serviço, não para criar dominadores ou dominados. (Não devemos esquecer que no Reino de Deus todos, sem distinção, são servos); 
3)- O Espírito Santo concede dons para o serviço, jamais para o fanatismo religioso; 
4)- O Espírito Santo concede dons para o serviço, mas não o faz para desviar alguém da rota da humildade e obediência; 
5)- O Espírito Santo distribui e concede dons e carismas, tendo em vista a unidade e beleza do Corpo Espiritual de Cristo, ou seja: a Igreja do Senhor. 
Pela atuação do Espírito Santo na vida de cada santo, enquanto instrumento de Deus, edifica-se a obra de regeneração entre os homens que aceitam o sacrifício de Cristo e se dispõem a servi-LO.  

5)- DONS ESPIRITUAIS E FRUTO DO ESPÍRITO SANTO  

            5.1)- OS DONS ESPIRITUAIS 
talentos diferentes para pessoas diferentes. Há talentos iguais para pessoas diferentes. Há talentos diferentes em pessoas semelhantes. Há talentos iguais em pessoas semelhantes. 
Acontece que um talento natural, quando dedicado a Deus e usado sob Sua direção torna-se, de modo prático, em carisma, ou seja, dom para serviço.
            Há dons diferentes para crentes diferentes, como também  os mesmos dons podem ser doados para pessoas diferentes.
O Dom de servir no corpo da Igreja, é carismata. Ele, o dom, é concedido aos crentes para fins espirituais, dentro da harmonia do Corpo de Cristo, que é a Igreja, para a edificação desta.
            Vale diferenciar termos, guardando o sentido exato de cada um: 
- Carismata – se firma na graça, no favor imerecido recebido pelo crente, com o propósito de serviço no Reino de Deus, para edificação da Igreja. 
- Diaconia – caracteriza a capacidade de servir que envolve o crente e o habilita a ministrar, à semelhança do próprio Cristo.
- Energêmata – dá o sentido de operações, obras, realizações. 
A realização das três formas acima no viver cristão se cumpre na execução dos dons. 
5.2)- O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO 
Os dons espirituais são diferentes do fruto do Espírito. 
“O fruto do Espírito é caráter cristão; os dons espirituais são realizações”. 
-         No fruto, a qualidade se esmera na caminhada de santificação.
-         Os dons espirituais são as ações individuais de cada crente no serviço de Cristo. 
Grossman declarou com razão: “O sinal decisivo da vida espiritual autêntica será sempre o fruto, jamais o dom”. 
Quando o exercício dos dons for realizado corretamente e em plenitude, teremos a manifestação daquilo que Paulo chama “Fruto do Espírito”. Conforme enunciado em Gálatas 5:22-23, o Fruto do Espírito Santo é: 
AMOR – ALEGRIA – PAZ
LONGANIMIDADE – BENIGNIDADE – BONDADE
FÉ – MANSIDÃO – DOMÍNIO PRÓPRIO.
6)- DESCRIÇÃO SUCINTA DOS DONS ESPIRITUAIS 
01 – Administração ou Governo – 1Co 12.28; At 6-1-7; Ex 18.13-26 
O dom de administração ou Governo é a capacidade divina para entender o que faz uma organização (ou igreja) funcionar, e também a capacidade de planejar e executar os procedimentos que realizem os alvos do ministério. 
02 – Apostolado – 1Co 12.28-29; Ef 4.11-12; Rm 1.5; At 13.2-3 
O dom do apostolado é a capacidade dada por Deus para iniciar e supervisionar o desenvolvimento de novas igrejas ou ministérios.
Obs:- A “posição” de apóstolo dada aos primeiros discípulos era única e, pela sua característica, não é existe mais, porém o “papel” desempenhado por aquele que é enviado continua evidente até hoje pelo dom do apostolado. 
03 – Artesanato ou habilidades manuais – Ex 31.3; 35.31-35; At 9.36-39; 2Rs 22.5-6 
O dom de artesanato é a capacidade divina para elaborar criativamente e/ou construir itens a serem usados no ministério.  
04 – Auxílio ou Serviço ou Ministério – 1Co 12.28; Rm 12-7; At 6.1-4; Rm 16.1-2 
O dom de auxílio é a capacidade divina para realizar tarefas práticas e necessárias que liberam, apóiam e suprem as necessidades de outros, inclusive superiores. 
05 – Conhecimento – 1Co 12.8; Mc 2.6-8; Jo 1.45-50  
O dom do conhecimento é a capacidade divina para trazer a verdade ao corpo pela iluminação ou entendimento bíblico. 
06 – Comunicação Criativa ou Louvor – Sl 150.3-5; 2Sm 6.14-15; Mc 4.2,33 
O dom da comunicação criativa é a capacidade divina para expressar a verdade de Deus através de várias formas e artes. 
07 – Contribuição ou Liberalidade – Rm 12.8; Lc 21.1-4 
O dom de contribuir é a capacidade divina para dar dinheiro e recursos à obra do Senhor com alegria e liberalidade. Pessoas com esse dom não se perguntam: “Quanto devo dar ao Senhor?” e sim: “Quanto preciso para me sustentar?”. 
08 – Curas – 1Co 12.9, 28, 30; At 3.1-16; Mc 2.1-12 
O dom de curas é a capacidade divina, que torna o crente num canal, através do qual Deus restaura pessoas.
Obs:- A palavra está realmente no plural, “Curas”, indicando que vários tipos de cura são possíveis com esse dom, (Ex. emocional, social, espiritual, física, etc). 
09 – Discernimento – 1Co 12-10; At 5-1-4; Mt 16.21-23 
O dom do discernimento é a capacidade divina para distinguir entre verdade e erro, podendo discernir entre espíritos bons e maus, e entre o bem e o mal. 
10 – Encorajamento ou Consolo – Rm 12.8; At 11.22-24; At 15.30-32 
O dom de encorajar é a capacidade divina para apresentar a verdade, com o objetivo de fortalecer, consolar ou estimular à ação aqueles que estão desmotivados ou fracos. 
11 – Mestre ou Ensino – Rm 12.7; 1 Co 12.28-29; At 18.24-28; 2Tm 2.2 
O dom do ensino é a capacidade divina para entender explicar claramente e aplicar a palavra de Deus nas vidas dos ouvintes, fazendo com que se tornem cada vez mais semelhantes a Cristo. 
12 – Evangelismo – Ef 4.11; At 8.26-40; Lc 19.1-10 
O dom de evangelismo é a capacidade divina para comunicar eficazmente o evangelho aos descrentes, de modo que os mesmos possam responder em fé, tornando-se discípulos de Jesus. 
13 – Fé – 1Co 12.9, 13.2; Hb 11.1; Rm 18.21 
O dom da fé é a capacidade divina para agir à luz das promessas de Deus com confiança e fé, não duvidando da capacidade de Deus para cumpri-las. As pessoas que possuem este dom estimulam outros a viver esta mesma fé, levam adiante o reino de Cristo, porque elas avançam quando outros param, e pedem a Deus aquilo que é necessário, confiando na provisão divina.
14 – Hospitalidade – 1 Pe 4.9-10; Rm 12.13; Hb 13.1-2 
O dom da hospitalidade é a capacitação divina para cuidar de pessoas, providenciando comunhão, comida e hospedagem.  
15 – Intercessão – Rm 8.26-27; Jo 17.9-26; 1 Tm 2.1-2; Cl 1.9-12, 4.12-13 
O dom de intercessão é a capacitação divina para orar, regularmente, por outros, em qualquer dia e horário, de forma geral ou específica, vendo resultados freqüentes e também específicos.     
16 – Interpretação – 1 Co 12.10, 14.5, 14.26-28 
O dom de interpretação é a capacitação divina para transmitir ao corpo de Cristo a mensagem de alguém que fala em línguas. 
17 – Liderança – Rm 12.8; Hb 13.17; Lc 22.35-36 
O dom de liderança é a capacitação divina para passar uma visão, motivando e direcionando um povo a realizar harmoniosamente os propósitos de Deus. 
18 – Línguas – 1Co 12.10, 28-30, 13.1, 14.1-33; At 2.1-11  
O dom de línguas é a capacitação divina para falar, adorar ou orar em um idioma desconhecido ao orador. Pessoas com esse dom podem receber uma mensagem espontânea de Deus, que é transmitida ao Corpo pelo dom de interpretação. 
19 – Misericórdia ou Compaixão – Rm 12.8; Mt 5.7; Mc 10.46-52; Lc 10.25-37 
O dom de misericórdia é a capacitação divina para ajudar, com alegria e de maneira prática, aqueles que sofrem ou passam necessidades (é a compaixão em ação).
20 – Milagres – 1Co 12.10, 28-29; Jo 2.1-11; Lc 5.1-11 
O dom de milagres é a capacitação divina para autenticar o ministério e a mensagem de Deus através de intervenções sobrenaturais que O glorifiquem. 
21 – Profecia – Rm 12.6; 1Co 12.10, 28, 13.2; 2Pe 1.19-21 
O dom de profecia é a capacitação divina para revelar e proclamar a verdade de forma apropriada e relevante para entendimento, correção, arrependimento ou edificação, podendo haver implicações imediatas ou futuras. 
22 – Pastorado – Ef 4.11-12; 1Pe5.1-4; Jo 10.1-18 
O dom de pastor é a capacitação divina para nutrir, cuidar e guiar o povo à maturidade espiritual e a ser como Cristo.
23 – Sabedoria – 1Co 12.8; Tg 3.13-18; 1Co 2.3-14; Jr 9.23-24 
O dom de sabedoria é a capacitação divina para aplicar verdades espirituais de modo a suprir uma necessidade numa situação especifica. 

7)- O DERRAMAR DO ESPÍRITO SANTO 
 
- Cristo, antes de retornar ao Pai, profetizou a respeito da vinda do Espírito Santo. – Podemos ler em Lucas 24.49 – “Envio sobre vós a promessa de meu Pai; mas ficai na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”. 
- Em Atos 2.1-4 vemos o relato de como Deus providenciou o derramar do Espírito Santo. 
- Em Atos 2.16 o Apóstolo Pedro afirma que o que está relatado em 2.1-4 é o cumprimento da profecia de Joel. (Jl. 2-28,29). 
7.1)- EXPLANAÇÃO DA PROFECIA DE JOEL 2.28,29 
- “E depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.” – Não existe preconceito sobre nacionalidade, cor, escolaridade, etc. Para todos que crêem em Cristo, filho de Deus, e O aceitam como Senhor e Salvador de suas vidas. 
- “... e os meus filhos e filhas profetizarão” – Não existe preconceito de sexo. A sociedade da época discriminava as mulheres. (Ver Gn. 1.27). 
- “... os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.” – Não existe preconceito de idade. Na sociedade da época somente tinha palavra os acima de 30 anos.  
- “Até sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.”
O ‘naqueles dias’ são os dias de hoje, todos os dias entre o retorno de Cristo aos Céus e a Sua vinda, para julgar o mundo.
Não existe preconceito social, as camadas sociais mais humildes também receberão o dom do Espírito Santo de Deus. 
7.2)- PORQUE O DERRAMAR DO ESPÍRITO ACORREU NO DIA DA FESTA DO PENTECOSTES? 
            Sendo uma das mais importantes festas anuais dos judeus, todos os judeus deveriam participar dela, inclusive os judeus da diáspora (1), bem como os prosélitos (2). 
(1)- Diáspora (Dispersão de Israel). - Esse termo é usado pelos historiadores para referir-se às colônias judaicas (forçadas ou não), que foram estabelecidas em outras partes do mundo, fora da Palestina. O termo inclui os movimentos voluntários de emigração de judeus para outras terras, mas também se refere às colônias judaicas que resultaram de guerras, exílios e aprisionamentos. Os descendentes dos exilados e deportados também vieram a fazer parte da diáspora. Os Oráculos Sibilinos (cerca de 250 a.C.) refletem a extensão da dispersão dos judeus, afirmando que cada terra e que cada mar estava repleto de judeus. Nos tempos do NT., havia mais judeus vivendo fora da Palestina do que dentro dela. O número de judeus dispersos, naquela época, tem sido calculado entre 3 a 5 milhões de pessoas. 
(2)- Prosélitos. - Gentios (pagãos) convertidos à doutrina dos judeus. Os rabinos reconheciam duas ordens: (A)- Os prosélitos da justiça (aceitavam a circuncisão bem como toda a Lei Mosaica). (B)- Os prosélitos da porta (Ex. 20.10) – (ficavam incircuncisos, mas se submetiam aos princípios do decálogo e assistiam aos ofícios do judaísmo na parte do Templo chamada O Átrio dos Gentios). 
Que ocasião perfeita para um evento de alcance mundial! Em todas as nações conhecidas se falaria do milagre em Jerusalém, e o Evangelho de Jesus Cristo seria espalhado por toda a terra, sendo o início da evangelização do mundo, conforme Deus prometeu a Abraão que “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gn. 12.3).  

8)- O ESPÍRITO SANTO EM RELAÇÃO A DIVINDADE 

Os diversos nomes que o Espírito Santo recebe revelam aspectos da sua natureza. Os principais nomes encontrados na Bíblia são:
-         Espírito de Deus (Rm. 8.9); Espírito de Cristo (Rm. 8.9);
-         Consolador (Jo. 14.16); Espírito Santo (1Co. 6.19);
-         E. S. da Promessa (Ef. 1.13); Esp. Da Verdade (Jo. 14.17);
-         Esp. Da Graça (Hb. 10.29); Esp. Da Vida (Rm. 8.2; Ap. 11.11) 
“... onde está o Espírito de Deus aí está o próprio Deus presente de maneira ativa. (...) O teor do conceito ‘Espírito Santo’ é o mesmo do conceito de Deus. (...) - “Nada se pode dizer do Espírito que não se possa ser dito de Deus, nem se pode atribuir A Deus qualquer sentido que não se possa referir ao Espírito Santo. (...) Onde quer que Deus atue, Ele o faz no Espírito e por meio dele.”- Gustaf Aulén”. 
O Espírito Santo é Deus invisível, presente conosco e em nós, com quem temos de nos relacionar no dia a dia. Ele representa Cristo conosco hoje. Nossa subordinação ao Filho de Deus há de ser expressa numa relação pessoal consciente com o Espírito Santo.
O Espírito Santo é o agente ativo na execução da vontade da divindade. Vejamos:
-         É Ele que tem de convencer o mundo do pecado da justiça e do juízo. (Jo. 16.8);
-         É Ele quem regenera o pecador. No ato regenerador, o crente é transformado moral e espiritualmente, e é colocada no Corpo de Cristo, a igreja, em sentido universal. (Jo. 3.6, Ef. 2.1, 1Co. 6.11, Tt. 3.5); 
-         É Ele quem habilita o crente a servir na causa de Cristo. (1Co 12.8-11);
-         É Ele quem nos guia, nos ensina e nos guarda. (Rm. 8.14-17); 
A obra toda é do Espírito Santo. O único lugar deixado para nós, é sermos instrumentos vivos e conscientes nas Suas mãos. 
Na obra da redenção, Cristo colocou o homem dentro do Reino de Deus, reconciliando o homem com Deus, já o Espírito Santo coloca o Reino de Deus dentro do homem, pois é o próprio Deus, na pessoa do Espírito Santo que opera em nós e dentro de nós. (Fl. 2.13, Cl. 1.29, 1Ts. 2.13).   
BIBLIOGRAFIA: 
-         A Doutrina do Espírito Santo – A. B. Langston
-         Espírito Santo, O Executivo de Deus – Pr. David Gomes
-         Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia – Champlin/Bentes
-         Conciso Dicionário de Teologia Cristã – Millard J. Erickson
-         Manual de Teologia Sistemática – Pr. Zacarias de Aguiar Severa
-         Pequena Enciclopédia Bíblica – O. S. Boyer
-         Rede Ministerial – Guia do Participante – Bill Hybels e outros